Sabe-se que, sempre que um equipamento elétrico energizado está sendo examinado, mantido ou ajustado, havendo condições propícias, existe o risco potencial da ocorrência de um arco elétrico.
Arco elétrico é o termo aplicado à passagem através do vapor do arco terminal do metal condutivo ou material carbonizado. Ocorre quando os condutores das fases são curto-circuitados e há ionização do ar.
Este fenômeno produz grande quantidade de calor que pode causar queimaduras fatais, tanto pelo contato direto na região aquecida, quanto à distância devido ao calor emitido na forma de radiação, e mesmo incendiar a roupa do pessoal envolvido com a instalação elétrica. Adicionalmente, os arcos elétricos expelem gotas de material fundido que se espalham na imediata vizinhança, similar, mas com maior intensidade do que o material expelido pela solda elétrica.
Outros riscos a que fica exposto o pessoal envolvido em reparos ou intervenções em sistemas elétricos, são:
- Risco de choque elétrico devido ao toque nos condutores energizados; e
- Gases em expansão produzidos pelo arco elétrico que podem causar:
- A projeção de material sólido;
- Ondas de pressão que podem tirar o equilíbrio de uma pessoa;
- Ondas de som que podem provocar problemas de audição;
- Luminosidade excessiva causada pelo plasma no arco elétrico que pode causar cegueira temporária ou permanente;
- Plasma do arco elétrico (com temperaturas da ordem de 17.000 ºC) que pode causar fogo e queimaduras graves; e
- Metal vaporizado que pode se depositar em superfícies e condensar em materiais frios.
É por isso que a NR-10 determina que empregados e empregadores devem seguir as tão faladas medidas de controle. Tais medidas consistem em uma série de coisas que abrangem desde procedimentos operacionais à equipamentos de proteção coletiva e individual.